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Anna - Empreendedorismo na Europa

Do Voluntariado na Índia ao Empreendedorismo na Europa

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7 Minutos de Leitura

Quando Anna deixou o Brasil aos 19 anos para fazer voluntariado na Índia, ela queria apenas fazer a diferença. Mal sabia ela que essa decisão seria o primeiro passo em uma longa trajetória pela Europa. O que começou como uma aventura de auto-descoberta abriu caminho para oportunidades profissionais que a levariam para outros países. Ela morou na Itália, na Alemanha e, finalmente, na Holanda, onde começou sua jornada de empreendedorismo na Europa.

Anna uniu suas experiências internacionais com sua a visão de negócio e conseguiu resultados impressionantes em pouco tempo. Sua história não é apenas inspiradora, mas também um guia prático para quem sonha em trilhar um caminho semelhante.

Vamos explorar como você pode transformar sua vivência no exterior em oportunidades de negócios e aumentar suas chances de sucesso ao empreender na Europa.

 

   

 

 

Imersão Cultural e Profissional

Anna começou sua jornada internacional como voluntária de Marketing e Design na Índia. Lá ela imergiu em uma cultura completamente diferente e aprimorou suas habilidades de comunicação e adaptabilidade.

Para empreendedores aspirantes, a primeira dica é aproveitar ao máximo qualquer experiência internacional, seja ela um estágio, um trabalho ou voluntariado.

Na Índia, Anna conheceu uma empresa indiana que estava expandindo suas operações e a convidou para trabalhar na Europa.

Ela morou inicialmente na Itália durante 6 meses com objetivo de treinar os times de marketing. Lá, ela enfrentou desafios significativos como barreiras linguísticas e dificuldades de socialização. Depois foi transferida para a Alemanha, onde além dos problemas anteriores, sofria constantes episódios de xenofobia. Infelizmente, esses obstáculos são comuns e mostram a importância de estar preparado para superar adversidades.

Anna aprendeu que a imersão em uma nova cultura pode ser desafiadora mas também recompensadora. Ao lidar com a barreira do idioma na Itália e a xenofobia na Alemanha, ela desenvolveu resiliência e a habilidade de se adaptar rapidamente.

Essas experiências também a ensinaram diferentes dinâmicas culturais e de mercado, algo importante para iniciar um negócio na Europa.

Não falar os idiomas locais dificultou suas interações e adaptação, por isso, invista tempo aprendendo o idioma local. Dependendo do país, se comunicar em português ou inglês pode ser suficiente. Porém, pesquise as exigências linguísticas do país antes de se mudar para evitar problemas. Cursos de idiomas com nativos, como o Inglês com a Gringa, podem ser de grande ajuda.

Além disso, engaje com a comunidade local e aprenda a cultura, as necessidades e comportamentos dos consumidores. Isso trará insights valiosos para quando você decidir lançar seu produto ou serviço.

Após 4 anos morando na Alemanha, Anna foi promovida a Gerente de Marketing e se mudou para a Matriz Européia da empresa, que fica na Holanda.

 

Anna com amigos na estação Vijzelgracht em Amsterdam.

 

Construindo Redes de Apoio

Mudar para a Holanda foi um ponto de virada para Anna, já que foi onde encontrou um ambiente mais acolhedor e estabeleceu conexões significativas. Além disso, a Holanda está em primeiro lugar no ranking de falantes de inglês como segunda língua. Apesar do idioma oficial do país ser o Neerlandês, é possível se comunicar com quase todas as pessoas em inglês. A formação de uma rede de apoio sólida é crucial, especialmente em terras estrangeiras.

Mas para isso, Anna se esforçou para construir suas relações. Conheceu outros brasileiros na cidade através do Facebook e do Whatsapp e participou de eventos locais. Também se inscreveu em conferências e workshops voltados para negócios e networking.

Outra iniciativa de Anna para se integrar foi se cadastrar em organizações para se voluntariar, como a Expats Haarlem. Nelas é possível prestar serviços gerais, como hospitalidade, limpeza e culinária, ou ser voluntária em sua própria área de atuação.

Portanto, participar de grupos locais, fazer voluntariado, manter interações nas redes sociais e pesquisar eventos relevantes em plataformas como Meetup e Eventbrite podem ser boas opções para conhecer pessoas e criar sua rede de apoio.

 

A Transição para o Empreendedorismo

É comum que imigrantes enfrentam questionamentos na área profissional ao mudar de país e com Anna não foi diferente. Ela enfrentou alguns dilemas ao se adaptar a novos ambientes de trabalho e decidiu que gostaria de ter a experiência de ter o próprio negócio.

Então, Anna lançou a agência digital NOVA em sociedade com um amigo, conciliando o empreendedorismo na Europa com seu emprego. Começar seu negócio como um projeto paralelo trouxe segurança financeira, enquanto ela se dedica a conquistar clientes e aumentar o faturamento a agência. Isso minimizar riscos financeiros enquanto testa a viabilidade do seu negócio no mercado europeu.

Anna deu os primeiros passos se registrando na Câmara de Comércio da Holanda. Depois, utilizou plataformas de freelancer para conseguir seus primeiros clientes. Essas plataformas oferecem uma oportunidade valiosa para construir credibilidade e expandir o alcance do negócio sem grandes investimentos iniciais. Seu modelo de negócio flexível permite que ela opere de qualquer lugar, uma grande vantagem no dinâmico mercado europeu.

Explore plataformas como Upwork, Freelancer, Fiverr e Workana para oferecer seus serviços. Mantenha um perfil atraente e responda ativamente às oportunidades de projetos.

Para manter a empresa regular, Anna precisa declarar o faturamento da empresa trimestralmente para a Receita Federal Holandesa e informar o valor recebido pela empresa em sua declaração de imposto de renda anual. Ela paga imposto na Holanda e no Brasil, mas com o acordo de não bitributação  paga-se apenas a diferença no país com carga tributária mais alta. É possível fazer uma simulação para verificar quanto é necessário pagar para a Receita Federal do Brasil.

Por isso, é aconselhável ter um contador de confiança no país para te orientar e evitar problemas fiscais. Além disso, antes de abrir uma empresa, é importante se informar com profissionais qualificados sobre suas obrigações enquanto empreendedor.

 

Anna com a mãe em Roma.

 

Balanço entre Vida Profissional e Pessoal

Encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal foi essencial para que Anna não apenas sobrevivesse, mas prosperasse na Holanda. A gestão eficaz do tempo, a imposição de limites de horário para cada atividade e o estabelecimento de fronteiras claras entre trabalho e lazer são fundamentais.

Implemente técnicas de gestão de tempo, como a técnica Pomodoro ou o método GTD (Getting Things Done), para maximizar sua produtividade sem comprometer seu bem-estar.

 

Flexibilidade e Escalabilidade

A capacidade de trabalhar de qualquer lugar, como Anna faz com sua agência digital, não só oferece flexibilidade pessoal mas também abre a agência para um mercado global.

Invistir em ferramentas e tecnologias que permitam a operação remota de seu negócio, como Slack, Zoom e Asana podem ajudar a manter sua equipe alinhada e produtiva, não importa onde estejam localizados.

Anna Paris com Andreia Acioli, amiga.

 

Planejando o Futuro

Anna ainda não tem certeza se a Holanda será seu lar permanente, o que a mantém aberta a novas oportunidades e experiências em outros países. Por isso, ter um plano de negócios flexível, mas robusto, tem sido fundamental para que a agência se adapte e cresça em diferentes mercados.

Se você também deseja seguir o caminho do empreendedorismo na Europa, desenvolva um plano de negócios que inclua análises de mercado e planos de contingência. Isso o ajudará a se adaptar rapidamente a novas oportunidades ou desafios que possam surgir.

Empreendedorismo na Europa

A história de Anna é um grande exemplo do poder da persistência, adaptabilidade e visão estratégica. Ela mostra que estar aberto a nova experiências, aprender continuamente e ter resiliência podem pavimentar o caminho para o sucesso.

Para aqueles que desejam a trilhar um caminho semelhante, as lições são claras: envolva-se com a cultura local, construa uma rede de apoio, comece pequeno e planeje o crescimento de maneira flexível. Com essas estratégias, o sonho do empreendedorismo na Europa pode muito bem se tornar uma realidade inspiradora e lucrativa.

Assim como a Anna e o Leonardo, você tem uma história de sucesso ou de superação na Europa para compartilhar? Conte pra gente!

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